Mostra de Profissões é realizada no Terminal Urbano

O evento ocorre nesta quarta, 13, e quinta, 14, das 9h às 19h, no piso superior do Terminal e reúne 15 instituições de ensino.

A ideia é ajudar na escolha da carreira profissional, principalmente por aqueles que darão o primeiro passo nessa trajetória, como explica a secretária de Juventude, Cidadania e Migrantes, Ana Nerry.

“O objetivo é justamente auxiliar os jovens nesse momento tão importante da sua vida, que é a decisão da carreira profissional. Então aqui nós estamos com 15 instituições parceiras, com diversos cursos de graduação e profissionalizantes, para eles poderem mesmo trocar experiências, tirar dúvidas, conhecer de perto qual é a dinâmica do curso e terem assim a certeza que estão escolhendo aquilo que está de acordo com a sua personalidade, de acordo com seus interesses e aquilo que ele quer para o futuro. Eu tive a certeza do meu curso em uma mostra de profissões, então eu fico muito feliz a gente poder estar realizando aqui junto com todos esses parceiros essa grande mostra”.

No ano passado, durante a primeira edição, mais de 2 mil pessoas visitaram o evento. Na Mostra, é possível conversar com estudantes de cursos técnicos e superiores e com professores e profissionais das áreas de interesse, o que pode ajudar a nortear a decisão de qual caminho seguir. Pedro Henrique Sakamoto, de 17 anos, chegou com algumas possibilidades em mente.

Eu não tenho uma visão muito clara do que eu quero fazer, mas eu sempre me interessei muito por essa área da filosofia, direito também pensei porque está ali nas sociais etc. Então assim eu penso em ir para um lado de uma vez. Então eu vim mais ou menos sabendo o que eu queria fazer. Foi esclarecedor, realmente. Falei ali com o pessoal de filosofia e ele me disse um pouco sobre como funciona a área, como funciona, etc. E foi esclarecedor. Eu vou pensar em fazer filosofia, que é uma coisa que eu gosto bastante. Porque você consegue ter uma visão de como é realmente, como é a visão das pessoas que estão inseridas nisso, sabe? Então é muito interessante ver o ponto delas e escutar sobre o que elas têm a dizer, porque elas estão ali, elas já tomaram a decisão. Então é interessante ouvir as pessoas que têm mais conhecimento sobre isso.

O chefe do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Maringá, Evandro Luís Gomes, diz que ainda há cursos que são alvo de preconceito, mas conversas como as que ocorrem na Mostra podem ajudar a ter uma visão mais ampla do mercado.

“Os alunos sofrem muita pressão da família, da comunidade, de amigos, grupo, então eles têm essa preocupação porque a nossa sociedade é muito voltada para o sucesso profissional, então as pessoas, os jovens, os adolescentes, eles ficam numa pressão absurda para tomar a decisão certa aos 17 anos. Isso é uma coisa que afeta as carreiras todas, tirando, vamos lá falar, as carreiras muito valorizadas economicamente, medicina, direito, sei lá, talvez psicologia, arquitetura, engenharias, algumas tecnologias.

E aí acontece um movimento muito engraçado, porque essas profissões são muito valorizadas, mas quando todo mundo vai fazer elas, na hora de ter emprego também você tem muitos concorrentes. Então uma das coisas que eu tentei dizer para os alunos que estavam visitando o nosso estande aqui é que às vezes você vai para uma área que parece menos favorecida ou com menos oportunidades, mas na verdade nós estamos falando de uma comunidade que também é pequena.

Com exata certeza, há muita falta de professor de filosofia no país inteiro. Mas então tem essa equação, tem menos gente fazendo, tem pouca vaga, mas tem menos gente fazendo. Então qual que é a proporção de concorrência? A proporção de concorrência em muitas carreiras é muito mais amigável do que a proporção de concorrência em carreiras já muito consolidadas.

Para quem quer ter um direcionamento maior, há testes vocacionais realizados na hora, como explica Veridiana Vilela, gestora de uma das instituições de ensino que participam do evento.

Os estudantes vão responder uma série de perguntas para saber o que eles têm interesse, qual a vocação deles. E daí vai sair, não uma única vocação, mas uma área de atuação delimitando umas três profissões de sugestão. Dentro daquilo, eles já começam a vislumbrar o que eles podem fazer profissionalmente e o que mais se encaixa segundo o seu comportamento. É por isso o teste vocacional.

Muitos estudantes ficam em dúvida do que fazer, saem do ensino médio, bem perdidos, e com um teste vocacional eles começam a delimitar áreas. Isso já é uma grande ajuda. E isso vai evitar também que eles entrem numa faculdade e façam seis meses, um ano e falem assim, nossa isso não é pra mim. Com apenas um teste vocacional eles podem saber disso, já poder orientar a área, é uma grande ajuda.

João Vitor Marques da Silva fez o teste e a direção que ele buscava foi confirmada pelas respostas.

Já tinha alguma ideia de que área seguir ou veio pra cá meio perdido?

Fisioterapia.

E aí o que deu aí no seu teste vocacional?

A área da saúde.

Então tá dentro.

Tá dentro.

E aí você já viu que pelo menos no caminho certo, pelo que você respondeu você tá?

Sim.

Aqui na mostra, teve certeza da fisioterapia mesmo?

Sim, certeza.

Agora qual que é o próximo passo?

É estudar para se formar.

Preparar, né?

Sim.

Apesar de o foco principal estar naqueles que vão concluir o Ensino Médio, a Mostra é aberta a toda a comunidade. A participação é gratuita e não é preciso fazer agendamento.