Corte de árvores para beneficiar obra, coloca em dúvida lisura dos critérios usados pela Prefeitura

O corte de quatro árvores no cruzamento da Avenida Guaiapó com Rua Haiti em Maringá coloca em dúvida a lisura dos critérios usados pela Prefeitura para atender as demandas urgentes e emergentes do setor de arborização. Enquanto 139 árvores estão com risco iminente de queda, colocando pessoas em risco, as quatro árvores acima foram cortadas para beneficiar a construção de um imóvel no local.

As referidas árvores são da espécie Sibipiruna, tinham protocolo para corte, estavam na fila de espera para o abate, mas não eram os casos mais graves, segundo a própria equipe técnica da Prefeitura. Informações apuradas pela Equipe Pinga Fogo junto ao Portal de Transparência do município, apontam que haviam pelo menos 534 árvores à frente, na fila de espera. Além das 139 árvores consideradas situações emergenciais, outras 395 são consideradas urgências, quando representam risco de danos materiais graves.

De acordo com o portal, atualmente são 4.313 árvores na fila de espera por serviços de poda e corte. Todo o trabalho só pode ser realizado pelo município, visto que nenhuma outra empresa se encontra habilitada para realizar o serviço.

FARMÁCIAS BENEFICIADAS?

A agilidade da Prefeitura para cortar árvores localizadas em algumas esquinas de Maringá também causa estranheza. Curiosamente nos pontos onde o município mostra eficiência no corte de grandes árvores, quase sempre é instalada uma farmácia.

O QUE DIZ A PREFEITURA?

Nossa equipe manteve contato com o município para esclarecimentos sobre os critérios adotados para o serviço e qual a confiança das informações contidas no Portal de Transparência, mas não fomos respondidos até o fechamento deste conteúdo.

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Editor: Lilian Retucci