Maringá atende mais de 1.800 migrantes e refugiados de 24 países em 2023
24 Jan, 2024
Com área total de 255 mil metros, o Cemitério Municipal tem 35 mil sepulturas e 80 mil pessoas sepultadas. Segundo a Prefeitura, ocorrem 25 e 30 sepultamentos sociais por mês, que são sepultamentos gratuitos, para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
No total, são realizados entre 130 e 150 sepultamentos por mês no local. A maioria dos sepultamentos feitos no Cemitério Municipal, cerca de 70%, são de famílias que já possuem sepultura, conforme o município.
Segundo a Prefeitura de Maringá, o primeiro registro oficial de sepultamento é de 07/06/1947. Trata-se de H.P, um homem que faleceu aos 80 anos. Conforme a Prefeitura, trata-se do primeiro registro no livro tombo do cemitério, escrito a mão. “O que acontece é que há alguma situações em que as famílias trouxeram os restos mortais de familiares para o Cemitério de Maringá”, explica.
Se considerado o traçado que o urbanista Jorge de Macedo Vieira, responsável pelo projeto de Maringá, deu para a cidade, o Cemitério Municipal foi fundado em 10 de maio de 1947. A área escolhida para o Cemitério, perto da Avenida Cerro Azul foi inclusive prevista por ele. No entanto, o Cemitério passou a ser efetivamente utilizado na gestão de Inocente Villanova Júnior, o primeiro prefeito de Maringá (1952-1956).
Mas foi somente durante a gestão de João Paulino Vieira Filho (1960-1964) que o Cemitério de Maringá foi remodelado. João Paulino foi responsável pelo sistema de arruamento, já que, até então, as covas não seguiam uma determinada ordenação. Ele foi, inclusive, acusado de profanação de túmulos, ja que as obras envolviam remoção de túmulos.
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O Cemitério ganhou sua atual fachada somente na década de 1960, durante a gestão do então prefeito Luiz Moreira de Carvalho (1964-1968), que solicitou a urbanização do “Campo Santo” para o arquiteto José Augusto Bellucci, responsável pelos projetos paisagísticos e arquitetônicos do local. O prédio de entrada do cemitério foi idealizado por Bellucci, que também foi responsável pelos projetos da Catedral e do Edifício do Hotel Bandeirantes.
Dos túmulos mais visitados destacam-se os de Clodimar Pedrosa Lô, monsenhor Bernardo Abel Alphonse Cnudde, Arthur Salomão, Fabíola Regina Coalio e Marcia Constantino – confira abaixo as histórias.
Para consultar as personalidades e todas as pessoas que foram sepultadas no cemitério, como data de falecimento, registro em cartório, entre outros, clique aqui.
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Nesta quinta-feira, 2 de novembro, dia de Finados, o Cemitério Municipal estará aberto para visitas das 7h às 19h. A expectativa era de que até 130 mil pessoas visitassem o local entre o fim de outubro e o feriado – veja no fim da matéria as informações completas sobre como será o Dia de Finados no Cemitério Municipal.
As celebrações religiosas serão realizadas a cada hora, das 9h às 17h, com intervalo das 13h às 14h. Confira aqui confira os horários das missas nos cemitérios de Maringá e paróquias da Arquidiocese.
Sepultamento do prefeito José Cláudio em 18 de setembro de 2003. Foto: Acervo/Maringá Histórica.
Todos os ex-prefeitos falecidos foram enterrados em uma galeria especial no Cemitério Municipal de Maringá. O espaço é reservado no cemitério para os prefeitos de Maringá em ordem cronológica. Segundo a Prefeitura, a galeria de prefeitos do Cemitério Municipal foi implantada no final da década de 70 para sepultamento de prefeitos e seus familiares. Confira abaixo os ex-prefeitos sepultados no Cemitério Municipal e a data de sepultamento.
O Diário do Norte do Paraná registrou o sepultamento do prefeito José Cláudio em 18 de setembro de 2003. Sobre o caixão, as bandeiras do Brasil, do Partido dos Trabalhadores e do Município de Maringá. A cerimônia foi o principal assunto da imprensa. Porém, um fato curioso e que poderia ter terminado em tragédia ocorreu naquele dia no Cemitério Municipal de Maringá.
Como somente familiares, autoridades e amigos próximos tinham acesso a ficar próximos ao caixão, populares e a imprensa procuravam o melhor ângulo para acompanhar o funeral. Muitos se equilibraram nas lajes dos túmulos próximos até que se ouviu um barulho abafado e assustador. Ao olhar para um túmulo, os presentes presenciaram várias mãos saindo de uma sepultura. Muitos gritavam.
A repórter Luciana Peña, da CBN Maringá narrou aquele episódio ao vivo. Aos poucos ela entendeu que a laje de um dos túmulos não suportou ao peso de um grupo de crianças surdas-mudas. Elas caíram numa cova.
O Corpo de Bombeiros logo chegou para retirar as crianças, algumas em estado de choque. Por serem mudas, não conseguiam pedir socorro. Portanto, muita gente se assustou ao ver aquelas mãos tentando sair do túmulo.
Os policias, aos gritos, mandaram todos os populares saírem de todas as lajes, inclusive a imprensa. “Foi um dia de muitas emoções que até hoje carrego na minha memória”, disse Luciana Peña em depoimento aos 15 anos da emissora. Nenhuma criança ficou seriamente ferida.
Aqui, o Maringá Histórica conta em vídeo a história do Cemitério Municipal e dá mais detalhes sobre a galeria exclusiva dos prefeitos.
É o túmulo mais visitado do Cemitério de Maringá no Dia de Finados. Considerado um santo popular não reconhecido pela Igreja Católica, o adolescente de 15 anos foi torturado até a morte por policiais, na madrugada de 24 de novembro de 1967. Ele era suspeito de roubo. O pai do adolescente, Sebastião Pedrosa Lô, veio do Ceará para Maringá e matou o homem que acusou o filho. Diversos milagres são atribuídos ao jovem e sempre foram rejeitados pela família. Seu avô, o pastor Oésio Pedrosa, durante anos distribuiu um folheto detalhando as circunstâncias da morte do neto e descartava casos que o associavam a fatos inexplicáveis. A história de Clodimar virou livro, filmes, música e documentário.
Os policias, aos gritos, mandaram todos os populares saírem de todas as lajes, inclusive a imprensa. “Foi um dia de muitas emoções que até hoje carrego na minha memória”, disse Luciana Peña em depoimento aos 15 anos da emissora. Nenhuma criança ficou seriamente ferida.
Aqui, o Maringá Histórica conta em vídeo a história do Cemitério Municipal e dá mais detalhes sobre a galeria exclusiva dos prefeitos.
É o túmulo mais visitado do Cemitério de Maringá no Dia de Finados. Considerado um santo popular não reconhecido pela Igreja Católica, o adolescente de 15 anos foi torturado até a morte por policiais, na madrugada de 24 de novembro de 1967. Ele era suspeito de roubo. O pai do adolescente, Sebastião Pedrosa Lô, veio do Ceará para Maringá e matou o homem que acusou o filho. Diversos milagres são atribuídos ao jovem e sempre foram rejeitados pela família. Seu avô, o pastor Oésio Pedrosa, durante anos distribuiu um folheto detalhando as circunstâncias da morte do neto e descartava casos que o associavam a fatos inexplicáveis. A história de Clodimar virou livro, filmes, música e documentário.
Grupo Maringá Virtual.Com
Editor: Willian Vieira